No início, era só um papel. Depois, começou a ganhar forma. E, nas mãos da criança, surgiu um avião.
Levou-o para dentro de casa e brincava com ele. Mas os pais ralharam, dizendo que se era para estragar alguma coisa, que fosse lá para fora.
A criança e o avião foram lá para fora. De vez em quando a criança tinha de apanhar o avião no meio da estrada. Uma senhora chamou-os à atenção dizendo que ali não era para brincar.
Foram para o jardim. A criança voltou a brincar com o avião. Mas este foi parar dentro de casa de um homem novo que lho devolveu, dizendo que tinha sido um desperdício de papel e que não incomodasse as pessoas. Até que uma senhora idosa se lembrou de dizer à criança que fosse para o espaço aberto à beira do regato.
E a criança foi. Recomeçou a brincadeira com o avião. Parecia que nada podia interromper aquele momento de alegria.
Mas, no último voo, o avião mudou de direcção e caiu nas águas do regato. A criança viu o papel mergulhar e desaparecer… E começou a chorar…
Uma jovem rapariga, que passeava com o cão, passou e, vendo uma criança a chorar, abeirou-se. E perguntou:
- Então… por que choras?
A criança, com voz trémula, respondeu:
- O meu avião… caiu na água… desapareceu…
- Vem cá.
E pegou na criança ao colo, enxugando-lhe as lágrimas. O cão sentou-se e, ao fim de um bocejo, deitou a cabeça no colo da criança.
- Não chores mais – pareciam dizer os olhos brilhantes do cão que, via-se, entristecera-se ao ver a criança a chorar.
A jovem rapariga passou-lhe a mão pela cabeça e perguntou de novo:
- Dizes tu que desapareceu?
- Sim… eu vi – respondeu a criança chorosa.
Ao que a jovem rapariga tornou:
- Pois fica a saber que eu estou a ver o teu avião lá ao fundo do regato!...
- Como é possível? – questionou a criança, erguendo a cabeça.
- O teu avião não desapareceu; antes, como já conheceu todo o céu, achou que tinha chegado a altura de conhecer todo o mar. E, para isso, transformou-se num barquinho…
Subitamente, a criança parou de chorar.
- Olha ele lá ao fundo – disse a jovem rapariga – está a despedir-se… Vai lá ver se o apanhas!...
Então, a criança levantou-se, mais o cão que a seguiu, desta vez com a língua de fora e a cauda a abanar de contente.
A criança aproximou-se do regato. No rosto, um sorriso de alegria. E, acenando com a mão para o horizonte que se perdia na direcção do Sol, disse bem alto:
- Adeus, adeus, faz boa viagem! Adeus, adeus, até ao mar!...
Levou-o para dentro de casa e brincava com ele. Mas os pais ralharam, dizendo que se era para estragar alguma coisa, que fosse lá para fora.
A criança e o avião foram lá para fora. De vez em quando a criança tinha de apanhar o avião no meio da estrada. Uma senhora chamou-os à atenção dizendo que ali não era para brincar.
Foram para o jardim. A criança voltou a brincar com o avião. Mas este foi parar dentro de casa de um homem novo que lho devolveu, dizendo que tinha sido um desperdício de papel e que não incomodasse as pessoas. Até que uma senhora idosa se lembrou de dizer à criança que fosse para o espaço aberto à beira do regato.
E a criança foi. Recomeçou a brincadeira com o avião. Parecia que nada podia interromper aquele momento de alegria.
Mas, no último voo, o avião mudou de direcção e caiu nas águas do regato. A criança viu o papel mergulhar e desaparecer… E começou a chorar…
Uma jovem rapariga, que passeava com o cão, passou e, vendo uma criança a chorar, abeirou-se. E perguntou:
- Então… por que choras?
A criança, com voz trémula, respondeu:
- O meu avião… caiu na água… desapareceu…
- Vem cá.
E pegou na criança ao colo, enxugando-lhe as lágrimas. O cão sentou-se e, ao fim de um bocejo, deitou a cabeça no colo da criança.
- Não chores mais – pareciam dizer os olhos brilhantes do cão que, via-se, entristecera-se ao ver a criança a chorar.
A jovem rapariga passou-lhe a mão pela cabeça e perguntou de novo:
- Dizes tu que desapareceu?
- Sim… eu vi – respondeu a criança chorosa.
Ao que a jovem rapariga tornou:
- Pois fica a saber que eu estou a ver o teu avião lá ao fundo do regato!...
- Como é possível? – questionou a criança, erguendo a cabeça.
- O teu avião não desapareceu; antes, como já conheceu todo o céu, achou que tinha chegado a altura de conhecer todo o mar. E, para isso, transformou-se num barquinho…
Subitamente, a criança parou de chorar.
- Olha ele lá ao fundo – disse a jovem rapariga – está a despedir-se… Vai lá ver se o apanhas!...
Então, a criança levantou-se, mais o cão que a seguiu, desta vez com a língua de fora e a cauda a abanar de contente.
A criança aproximou-se do regato. No rosto, um sorriso de alegria. E, acenando com a mão para o horizonte que se perdia na direcção do Sol, disse bem alto:
- Adeus, adeus, faz boa viagem! Adeus, adeus, até ao mar!...
Sem comentários:
Enviar um comentário