sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

"Antes de falares de mim, olha para ti primeiro!"

Para começar, deixem-me começar com a chave da interpretação da imagem para quem não percebeu. Para isso, basta ler o balão de fala e olhar os chapéus.


Não, não estou aqui para falar da homossexualidade, se bem que esta pode ser inserida neste assunto. Antes venho falar do fraco vício que o specimen humano tem de criticar os outros sem olhar a sua própria realidade.

Todos nós somos alvo de intrigas, umas melhores, outras piores. E nem sempre os intriguistas param para pensar em si e no que são também. Deixem-me dar-vos um exemplo.

É comum os jovens de hoje tenderem a mudar os seus gostos e preferências em função de determinado grupo de gente a que querem pertencer. E quem não quer também pertencer a um grupo, sentir que há gente connosco?

O problema reside no facto de nos enganarmos a nós próprios e adoptarmos outro estilo de vida que, na maior parte das vezes, não diz connosco. Revelamos ser inseguros e, para o fazermos, é porque não gostamos verdadeiramente de nós e somos, de certo modo, uns mentirosos. E ninguém gosta de gente que mente...

Mas, além de metir aos outros, estamos a mentir a nós também. Quem se sentirá bem numa pele que não a sua?

Agora, começando a entrar no assunto da intriga...

Muitas vezes há aquele que são alvo de gozo porque têm gostos diferentes. Mas, muitas vezes também, os "gozões" até podem ter os mesmos gostos que essas pessoas, no entanto, viram-se obrigados a escondê-los. Isso é estúpido e, pegando na aula de Filosofia, completamente imoral.

Não podemos exigir dos outros ou condenar os outros por algo que também fazemos, mas que somos obrigados a esconder, pegando no exemplo da moral, que vai contra os nossos princípios.

Aliás a minha teoria é outra.

Creio que as pessoas que gozam outras é porque se vêm ao espelho nessas mesmas pessoas; vêem-se iguais a elas, mas com uma diferença: é que as outras não mudaram a sua maneira de ser para satisfazer os caprichos de uma sociedade selectiva. Aqueles que gozam devem sentir-se, perante essas pessoas, uns fracos de vontade e amor-próprio. Essas pessoas são o espelho do que elas não são. E isso é demasiado...

Quantas vezes vemos gente que critica os outros quando, na verdade, arde de vontade para ser como eles!... Mas, tal como a fábula da Raposa e das Uvas, às vezes, mais vale desdenhar daquilo que não podemos ter ou somos, ainda que quiséssemos. Deixo-vos uma fábula, não a "Raposa e as Uvas", mas outra igualmente conhecida e que trata disso mesmo, todos somos diferentes e não devemos ir contra a Natureza.



Uma rã viu um boi

que lhe pareceu de bom tamanho.

Ela, não mais gorda que um ovo,

invejosa, cresceu, inchou

e tudo fez para se igualar ao animal

- Olha bem, minha amiga,

como estou? Diz-me,

estou bonita assim?

- Não!

- E agora, já sou do tamanho do boi?

- inda não!

- Que tal, estou melhor?

- Ainda falta muito, precisas de crescer mais.



E foi o que ela fez.

Tanto inchou que estourou.



O mundo está cheio de gente

que não é mais inteligente que a rã:

todos os burgueses querem construir

como os grandes senhores.

Todos os pequenos príncipes têm embaixadores.

Todos os marqueses querem ter pajens.




3 comentários:

Eu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eu disse...

Olá Gabriela :D
Devo-te dizer que gostei bastante do teu tema de hoje, muito filosófico.

Nós somos pessoas seguras de nós mesmas, acredita.
Embora não sejamos uma copia em série como se vê por aí, somos como queremos, e isso faz-nos felizes, não mudamos pelos outros, assim como muita boa gente faz.

Cada vez vejo mais a necessidade estúpida de falar dos outros.
Se não há nada a apontar, isso não é obstáculo, e inventa-se.
Mas essas pessoas, só demonstram que têm 'dolor de codo', mas lá está as outras que marcam pela diferença, passam ao lado, e se forem simpáticas oferecem ainda um creme, claro limitado ao stock existente.

O meu pai diz, e eu concordo a 100%, nós vemos nas costas dos outros os nossos defeitos.
Acho que por vezes uma pessoa que tenha algo dentro de si própria e que a incomoda, opta por ver nos outros que até nem têm por vezes, os seus problemas.

Isso deve-se a quê?
Ao não autoconhecimento.

Gostei bastante do tema mesmo, muito bem estruturado.
Da música, que mais uma vez mostrou a telepatia existente.
O teu blog está muito bonito, acredita.

Bjinhos, e fica bem.

Eu disse...

Ficaste mal agora !
E não usei o menina la'la'la
e não é um tique nervoso, apenas simpatia :D

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