quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Felicidade

No meio do plaino abandonado
Em urros deitei contas à Vida
Às tantas chorei, já estava dorida,
A voz rouca de tanto ter gritado.

Nisto encoberta, clara e difusa
Oiço uma voz do céu que se abria
Vi uma imagem que então descia
E que em altos berros me grita e acusa:

“Desgraçado poeta, por que choras?
Mas não entendes que é esse viver
Que te atraiçoa e te faz sofrer?

Acorda, poeta, por que te demoras?
Muda então, tenta perceber:
Podes ser feliz, é só querer.”

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