sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Comércio e serviços: da Baixa Lisboeta às novas centralidades

Atente-se no seguinte texto:

"O centro terciário de comércio ocupa há muito a Baixa. Começu nos anos 60 a migrar para norte pela Avenida da Liberdade e pela Almirante Reis, para, depois de meados dos anos 70, para se fixar na zona das Avenidas Novas, que sofreram uma profunda alteração morfo-funcional com a substituição dos imóveis habitacionais por edifícios de escritórios. A zona do Marquês de Pombal - Avenidas Novas é hoje um verdadeiro bairro de negócios central onde se encontra a maior concentração de serviços às empresas. Entretanto, a Baixa perdeu funções e atractividade deixando de ser o centro da região urbana, para ser apenas um centro. Parte da Administração Pública do País e do município mantém-se nas praças do Comércio - Município, mas a sede do governo e muitos ministérios há anos que se dispersam pela cidade. De modo semelhante, o município de Lisboa tem a maior parte dos serviços fora da Baixa, em larga medida concentrados no Campo Grande.
O centro financeiro que se posicionava imediatamente a norte do centro administrativo está a (re)constituir-se, bem mais a norte no rebordo do centro terciário das avenidas em edifícios modernos, não obstante a permanência de sedes e edifícios de representação dos bancos mais antigos na parte meridional da Baixa."

As novas tendências de localização terciária nos centros urbanos são a disposição dos vários ofícios segundo a sua importância, como sendo as funções menos nobres a ocupar os lugares mais altos e ruas secundárias e as funções de maior prestígio ocuparem o piso térreo e as ruas principais. O comércio grossista ocupa as margens do centro e o comércio retalhista as ruas mais centrais. Muitos serviços têm agora tendência a sair da cidade, procurando áreas de boa acessibilidade, localizando-se nas periferias.

1 comentário:

Débora Val disse...

Uma aula de Geografia não tão aborrecida quanto as minhas...

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