sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Prometes, cumpres!

Acerca da imagem, só tenho a dizer uma coisa: sem comentários.
Isto porque cada um de nós, à medida que vai entrando aos poucos para o mercado de trabalho, também se vai sujeitando ao tratamento da imagem, nela em sentido figurado. E eu é que não quero acabar assim!

Pode parecer devaneio mas, um dia, quero ter um emprego em que não precise de patrões, nem ninguém que me possa arranjar problemas ou chatices. E quero não precisar das caridades alheias, antes que me enrolem com palavras mansas e promessas vãs.

Hoje falamos viver numa sociedade democrática e igual em oportunidades para todos. Mas tal não acontece. Alem do mais, sempre que tomamos as decisões ditas democráticas, foi sempre por influência de outrém, na maior parte das vezes, através da influência verbal. Deixamo-nos levar mais facilmente por aquiloque os outros pensam e nas histórias bonitas em que tudo é fácil sem pensarmos, por exemplo, nos custos para consegui-lo. E, muitas vezes, um desses custos é a sujeição.

Dizem-nos palavras ricas em conteúdo, mas pobres em verdade. E, quando damos por isso, já não é possível anular o que se fez. A dependência torna-se, de certo modo, enorme (basta ver o exemplo das greves, que já não são de jeito, apenas por 24 horas e ainda acham que 24 horas sem trabalhar vão fazer a diferença. É claro que os chefes já nem ligam às greves, porque já sabem quanto duram e quão fracas são as pessoas para terem coragem de abdicar de mais uns dias de salário para lutarem pelos seus interesses. As pessoas são capazes de ameaçar fazer greve, mas nunca a fazem, porque senão arriscam-se a não ganhar o salário de miséria de que reclamam constantemente).

Qui tacet, consentire videntur e, ao não lutarmos pelos nossos direitos, estamos a dar mostras da nossa fraqueza psicológica e de sujeição. E nunca conseguiremos o que achamos verdadeiramente justo para nós.

1 comentário:

Eu disse...

Gabriela, 因為您是在一个拉丁語中,我是在一个漢語中.
Espero que tenhas entendido a introdução.
É assim, eu acho que a promessa está a tornar-se uma palavra vulgar.
As pessoas, usam numa frase o "juro", e simplesmente serve para terem aquilo que querem, nem é com o objectivo de promessa, de honra.

O "promete, cumpres", é cada vez menos respeitado.
Vê-se pelo exemplo que deste das greves.
Eu digo-te isto com sinceridade, acho que as greves na sua maioria apenas complicam as coisas, pois se os trabalhadores estão descontentes,ou fazem uma coisa a sério, tipo 1 semana sem trabalhar, ou então que falem, onde a sua voz seja motivação para quem também está descontente e não tem força.
Gostei do texto.

它很好是。

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