Olá outra vez! Deixem-me avisar-vos que este texto é atrasado e que, supostamente, é do dia 1 de Fevereiro (ou seja, muito atrasado).
A julgar pelo título e pela época do ano que se vivencia, só me poderia sair com um assunto destes, o Carnaval.
Pessoalmente, adoro o Carnaval. E, ainda que as irmãs do colégio digam cobras e lagartos sobre ele afirmando-o como uma festa pagã, devo lembrar-lhes que tal não acontece, que o Carnaval é uma festa apenas praticada por cristãos e que marca os 40 dias antes da Páscoa que, também por acaso, é um dia puramente cristão...
Como disse, adoro o Carnaval. Mas o Carnaval que assinala os 40 dias antes da Páscoa, não o Carnaval de todos os dias...
Sim, porque todos os dias são um autêntico Carnaval! Os disfarces, esses, são ainda mais variados...
Estamos numa altura em que o Carnaval deixou de ser num dia específico. À semelhança do Carnaval de Veneza, ninguém sabe quem se esconde por detrás da máscara. Muito mais na nossa idade, a adolescência... e tudo porque somos ingénuos...
A televisão, ainda que seja um meio transmissor de cultura, consegue ser a maior inimiga de um adolescente, ou, pelo menos, uma das maiores... Porque, para além de transmitir cultura, também uniformiza os gostos e cria novas formas de estar... no caso dos jovens, à semelhança das suas personagens favoritas.
Este não vai ser um texto extenso, muito pelo contrário. Aliás, até porque não há muito a dizer sobre este assunto, que já abordei anteriormente. Este serve apenas como complemento. Mas que a sociedade está um Carnaval pegado, está!
Escusado será dizer quem são as personagens das fantasias carnavalescas. Se antes num Carnaval normal eram as princesas, os piratas e outras relacionadas, agora o Carnaval dura 365 por ano e as personagens são integrantes de séries televisivas. Como somos adolescentes e, como tal, procuramos uma identidade, identificamo-nos com esta ou aquela personagem passando rapidamente a falar e vestir do mesmo modo. Mas é algo efémero, porque, mal passe a onda desta ou daquela série, outras virão ocupar o seu lugar e novos disfarces virão consigo. Isto porque a maior parte dos jovens não tem personalidade própria.
Hoje em dia, não apenas nos jovens, é muito difícil conhecermos alguém fiel à sua maneira de ser. Lidamos mais com foliões carnavalescos do que com propriamente pessoas que temos a certeza conhecer... E muitas vezes confudimos isso, já que a maior parte é capaz de chamar amigo àqueles a quem troca uma dúzia de palavras diárias. E o mais triste é que essas pessoas nem se devem conhecer a si mesmas! E sou da opinião de que, se não somos capazes de nos conhecer a nós mesmos, nunca seremos capazes de conhecer os outros. É como aquelas pessoas que viajam todos os anos para conhecerem novos países sem terem conhecido o seu primeiro. E devo dizer que essa prática leva a maus adultos, que nunca terão opinião própria e serão assim mesmo, andarão ao sabor do que se puderem agarrar para tentarem arranjar uma réstea de personalidade plastificada...
Não sei se esta carapuça serviu a algum dos leitores deste texto. Mas, se servir, não se chateiem comigo nem fiquem ofendidos; aliás, é Carnaval 365 por ano e, como se costuma dizer, "no Carnaval, ninguém leva a mal".
Post scriptum:
João Carlos Dias Poiares, pensei em ti para pôr esta música!
A julgar pelo título e pela época do ano que se vivencia, só me poderia sair com um assunto destes, o Carnaval.
Pessoalmente, adoro o Carnaval. E, ainda que as irmãs do colégio digam cobras e lagartos sobre ele afirmando-o como uma festa pagã, devo lembrar-lhes que tal não acontece, que o Carnaval é uma festa apenas praticada por cristãos e que marca os 40 dias antes da Páscoa que, também por acaso, é um dia puramente cristão...
Como disse, adoro o Carnaval. Mas o Carnaval que assinala os 40 dias antes da Páscoa, não o Carnaval de todos os dias...
Sim, porque todos os dias são um autêntico Carnaval! Os disfarces, esses, são ainda mais variados...
Estamos numa altura em que o Carnaval deixou de ser num dia específico. À semelhança do Carnaval de Veneza, ninguém sabe quem se esconde por detrás da máscara. Muito mais na nossa idade, a adolescência... e tudo porque somos ingénuos...
A televisão, ainda que seja um meio transmissor de cultura, consegue ser a maior inimiga de um adolescente, ou, pelo menos, uma das maiores... Porque, para além de transmitir cultura, também uniformiza os gostos e cria novas formas de estar... no caso dos jovens, à semelhança das suas personagens favoritas.
Este não vai ser um texto extenso, muito pelo contrário. Aliás, até porque não há muito a dizer sobre este assunto, que já abordei anteriormente. Este serve apenas como complemento. Mas que a sociedade está um Carnaval pegado, está!
Escusado será dizer quem são as personagens das fantasias carnavalescas. Se antes num Carnaval normal eram as princesas, os piratas e outras relacionadas, agora o Carnaval dura 365 por ano e as personagens são integrantes de séries televisivas. Como somos adolescentes e, como tal, procuramos uma identidade, identificamo-nos com esta ou aquela personagem passando rapidamente a falar e vestir do mesmo modo. Mas é algo efémero, porque, mal passe a onda desta ou daquela série, outras virão ocupar o seu lugar e novos disfarces virão consigo. Isto porque a maior parte dos jovens não tem personalidade própria.
Hoje em dia, não apenas nos jovens, é muito difícil conhecermos alguém fiel à sua maneira de ser. Lidamos mais com foliões carnavalescos do que com propriamente pessoas que temos a certeza conhecer... E muitas vezes confudimos isso, já que a maior parte é capaz de chamar amigo àqueles a quem troca uma dúzia de palavras diárias. E o mais triste é que essas pessoas nem se devem conhecer a si mesmas! E sou da opinião de que, se não somos capazes de nos conhecer a nós mesmos, nunca seremos capazes de conhecer os outros. É como aquelas pessoas que viajam todos os anos para conhecerem novos países sem terem conhecido o seu primeiro. E devo dizer que essa prática leva a maus adultos, que nunca terão opinião própria e serão assim mesmo, andarão ao sabor do que se puderem agarrar para tentarem arranjar uma réstea de personalidade plastificada...
Não sei se esta carapuça serviu a algum dos leitores deste texto. Mas, se servir, não se chateiem comigo nem fiquem ofendidos; aliás, é Carnaval 365 por ano e, como se costuma dizer, "no Carnaval, ninguém leva a mal".
Post scriptum:
João Carlos Dias Poiares, pensei em ti para pôr esta música!
1 comentário:
Olá :D
1º(antes que me esqueça)Gostei bastante do teu texto.
Eu digo-te com muita sinceridade, o carnaval para mim não passa de uma paroliçe.
Digo-te é algo que tem piada, mas as pessoas por vezes exageram no rídiculo, e vês 50 pessoas mascaradas de um monstro qualquer que chegas ao pé delas e fazes a típica pergunta "De que estás vestido?" e ele diz-te com um sorriso por trás da máscara "De monstro eheheheh" Depois perguntas a outro, outro e outros tantos e a resposta é a mesma. PORQUÊ? Porque não há originalidade.
Para já digam o que disserem Carnaval em Portugal é para levar com chuva e festivais na tentativa de imitar os brasileiros.
Eu sou nacionalista, mas acho que se queremos festejar o Carnaval há que ter noção do seu significado, e entrar nele com brincadeira, mas há que preservar alguns dos seus significados.
Falas das máscaras diárias. Eu sobre isso acho que vou falando algumas vezes, e digo-te que há que ter pena dessas pessoas porque não sabem quem é o seu "EU", e quanto mais o "TU".
A nossa sociedade é muito apologista de fotocopiar o que se vê, mesmo que seja mau.
Há que ter pena claro e marcar pela diferença:D
Bjinhos
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