sábado, 5 de abril de 2008

O SONHO


No meio da noite triste e escura

com o disco lunar redondo, brilhante,

esperançoso, quão dúbio amante,

o terno pássaro, em vão, procura...



As horas passam; a noite continua

perdem-se as penas, os olhos, a vida

a ave jazeu, morta, perdida,

no meio da noite triste e escura...



De cálidas mãos para vil criatura

de urtigas feita, que corta e tortura

de lágrimas claras forma mil defeitos:



eis o rosto daquele que augura

que em pobres rimas mata, enclausura,

meus versos perdidos, meus sonhos desfeitos.


(Non amo te, nec possum dicere quare: hoc tantum possum dicere, non amo te...)

1 comentário:

Eu disse...

Olá :)
Gostei mesmo muito deste poema, o sonho que nos faz sonhar.
Sabes que colocaste elementos que achei muito interessantes.
Muitos recursos de estilo, tudo nos conformes, parabéns :D

Até amanhã, a tua 1ª aula de amanhã serei eu a dar.
Vê se te comportas pelo menos amanhã.

Beijinhos

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