segunda-feira, 14 de abril de 2008

Como um violino...

Foi na catequese de hoje que me lembrei desta alegoria. Estávamos a falar do propósito da vida humana e sobre descobrir a nossa vocação quando, repentinamente, associei a nossa existência à de um violino. Comecei, portanto, a explicar o meu ponto de vista à irmã Nealtina e agora passo a partilhá-lo convosco.

As pessoas são como violinos... Aliás, as semelhanças são incríveis...

Quando eu falo em semelhanças, não estou a falar no aspecto físico, como seria de esperar, mas nos objectivos de ambos e nos meios utilizados para os conseguir.

O violino é de madeira, que vem das árvores. Do mesmo modo, também o ser humano é um filho da Terra, que se molda com o tempo, pois o violino também é transformado por um luthier.

Um violino pode tocar afinado ou desafinado. Do mesmo modo, também nós podemos agradar aos outros com a nossa música, ou seja, os nossos actos, como também podemos optar por ser desagradáveis e ferir os que nos são próximos.

Muitas vezes as cordas do violino partem. Do mesmo modo também nós cometemos erros. Mas, tal como nas cordas, há sempre alguém que pega em nós e nos põe cordas novas...

Todo o ser humano precisa de um motivo para as suas acções. Esse motivo baseia-se no arco do violino. Sem arco, o violino não pode dar a sua música. Podia-se dedilhar as cordas, mas aí o violino não está a ser ele próprio, está a ser um cordofone de cordas beliscadas como a guitarra e não de cordas friccionadas, como é suposto. Do mesmo modo, as pessoas sem sentido para a vida deixam-se levar pelos caminhos dos outros e não são verdadeiramente felizes, isto porque todos precisamos de um arco, ou seja, de algo que nos estimule a agir.
O arco precisa de resina para criar força de atrito entre ele e a corda, senão esta não vibra. Também a nós não nos basta ter um arco, ou seja, um motivo: precisamos de bases para conseguir os nossos objectivos.

Um violino pode tocar duas ou três cordas ao mesmo tempo. Do mesmo modo, também os seres humanos podem dedicar-se a várias empresas, se tiverem capacidades para tal. Há muita gente multifacetada.

Finalmente (o mais importante), o violino não toca por si só. Precisa de um músico, alguém que o ajude a dar música. Na nossa vida, os músicos costumam ser os nossos amigos e familiares que nos ajudam a seguir o nosso caminho e a mostrar as nossas capacidades. Porque, por muito bom que um violino seja, se não for tocado, nunca mostrará que é capaz.


Foi apenas um pequeno texto e momento de reflexão que se pode aplicar no facto de, no fundo, todos sermos instrumentos tocados pela mão de Deus que, na sua arte, nos usa para espalhar alegria e paz no Mundo.


Tenham uma continuação de bom-dia. E, para terminar, deixo-vos um conselho:


SÊ-DE VIOLINOS.

2 comentários:

Eu disse...

Olá :D
Julgo que já me tinhas feito esta comparação, e eu concordo.
Acho que somos como um instrumento, que vai sendo afinado, quebrado, arranjado, mas tocamos sempre algo, ou alguém.
Uns são apelativos, outros menos, mas todos temos uma música também, que vai tendo agudos e graves ...
Gostei bastante.
Eu acho que não sou como um violino, ele é muito complicado :P

Beijinhos

Anónimo disse...

NOSSAAAA...MTO LINDO ESSA COMPARAÇÃO...NUNCA TINHA OUVIDO ALGO ASSIM, TÃO LINDO E TÃO SENTIMENTAL...EU SOU APAIXONADA POR VIOLINOO...E VOU GUARDAR PRA MIM, ESSA LINDA MENSAGEM...
O VIOLINO NÃO É UM INSTRUMENTO DIFÍCIL DE SE APRENDER, TEM AS TÉCNICAS CERTAS, PARA QUE SAIA UM BOM SOM...ASSIM É A NOSSA VIDA TAMBÉM, ELA NÃO É COMPLICADA, É SÓ VIVERMOS...CAMINHAR...AS VEZES COMPLICAMOS, MAS TEMOS TODAS AS MANEIRAS E TÉCNICAS PARA A CADA DIA VIVERMOS MELHOR...
BJSS

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