quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Foi a 06 de Fevereiro do ano 1608 que nasceu um dos maiores vultos literários portugueses: Padre António Vieira. Apologista da tolerância e direitos dos índios sul-americanosm deu novo brilho ao uso da língua portuguesa, que usou eloquentemente em sua defesa, não se limitando ao púlpito pequeno da igreja, mas a um muito maior: a tribuna de Consílio.
A 13 de Junho de 1654, no Maranhão, Pe. António Vieira elaborou a sua (talvez) mais ousada argumentação: o "Sermão de Santo António aos Peixes". Muito sucintamente, nesse sermão António Vieira mantém a sua posição de defesa daqueles que são vistos inferiores como inferiores pela sociedade e critica os homens, concluindo que deles só deve haver distância.
Herói da língua e da humanidade, nunca vacilou nos seus intentos de luta por uma sociedade mais justa para os oprimidos; sofrendo privações, fugido em terras brasileiras, considerado inimigo do Estado e perseguido pela Inquisição, nunca António Vieira deixou que abafassem a sua voz a favor da tolerância e igualdade.
"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.", lá diz o Poeta. E grande foi a alma do Pe. António Vieira porque grandes foram os seus motivos; e ainda que, na sociedade contemporânea, esta luta pelos direitos dos orpimidos ainda seja actual, António Vieira fica para nós como um ícone da grandeza da vontade humana, de falar e agir; porque, segundo o próprio afirma, palavras leva-as o vento mas as obras, essas, perduram e ficam gravadas na pedra do coração!...

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